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Resumos das apresentações

As apresentações da jornada terão início pela manhã, às 10h, e vão até a noite, às 19h30. Serão aproximadamente 50min de fala para cada palestrante com 10min de perguntas e discussão ao final. Teremos uma pausa para o almoço, das 12h às 14h, e uma para o café, das 16h as 16h30.

10:00 - 12:00

Prof. Dr. Pedro Galé (USP) - Murilo Mendes: entre a ruína e o porvir

Murilo Mendes, em um texto publicado em 1959 no Suplemento dominical do Jornal do Brasil, declarava: “Somos os primitivos da era atômica, as primeiras testemunhas dum universo em elaboração”. Mais do que marcar a série de incertezas que cercam a vida dos que nasceram na época contemporânea, tal declaração inseria o fazer poético de modo inclemente na dinâmica nova em que se moldava o porvir e sua relação com o passado.

Prof. Dra. Rachel Costa (UFOP) - Vilém Flusser e a Filosofia da Literatura

Os diálogos entre Vilém Flusser e Guimarães Rosa na década de 1960 fizeram com que o primeiro partisse de sua ontologia para pensar a obra do segundo, visto que o filósofo compreendia a obra de Rosa como uma espécie de exemplificação de suas teorias. Assim, mostrarei como Flusser pensa a literatura roseana e, em consequência, como ele pensa a própria literatura.

14:00 - 16:00

Prof. Dr. Emílio Maciel (UFOP) - O instante e a estrutura: Lukács e a(s) teoria(s) do romance

A partir da leitura e análise de alguns trechos do jovem Lukács, esta apresentação busca discutir os impasses e possibilidades de sua teorização sobre o romance, tendo como eixo os novos desafios colocados pela episteme modernista.

Prof. Dra. Myriam Ávila (UFMG) - Bakhtin e o romance dos gêneros

Em Epos e romance, Bakhtin propõe que o mais jovem dos gêneros, o único nascido depois da escrita, vem perturbar o arranjo harmônico da tríade épica, drama e lírica. No século XXI, o romance tem de enfrentar ele próprio um novo desafio.

16:30 - 19:30 Prof. Dr. Verlaine Freitas (UFMG) - A percepção literária de mundo a partir de Theodor Adorno

Nosso objetivo é mostrar como a literatura compõe uma imagem de mundo a partir de seu poder de agregação de componentes heterogêneos, operando a partir da diferença fundamental entre realidade e ficção, de modo a questioná-la até o limite em que ela se mostra indispensável.

Prof. Dr. Bernardo Barros (UFF) - Porque seguimos histórias de ficção?

Tendo como ponto referência a teoria do arco hermenêutico, de Paul Ricoeur, que busca relacionar a recepção de narrativas com a experiência do leitor ou espectador, abordaremos algumas possíveis respostas à pergunta: porque nos envolvemos com narrativas? Procuraremos trazer questão para o contexto contemporâneo e alguns dos hábitos narrativos atuais.

Prof. Dr. Eduardo Pellejero (UFRN) - A linguagem em chamas: risco e potência da expressão literária

Todos os escritores procuram algo, mesmo que nem sempre saibam o que procuram. Das suas obras sempre esperamos e retemos alguns achados, mas sobretudo estimamos a perseverança no exercício de nomear e renomear o mundo, que é prerrogativa da nossa liberdade. Nascimento continuado, a literatura sacode ou faz gaguejar a língua, desconhecendo o ascendente das suas origens e expondo a linguagem ao risco da sua suspensão – e quiçá também à possibilidade do recomeço. O presente trabalho pretende explorar algumas das singularidades da linguagem poética enquanto expressão criadora, a partir de um diálogo com as obras de Maurice Merleau-Ponty, Michel Foucault e Gilles Deleuze.


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